“Vi tanta coisa no mundo, tanta.
E sei que há muito mais para ver.
Perto do que há,
o tanto que vi é pouco, tão pouco, ínfimo.
Não chega aos pés do que falta.
Mas agora não quero ver nada, mais nada.
Neste momento.
Estou cansada.
Vi tanta coisa no mundo, tanta.
Mais continuo criança. Boba.
Os olhos espantados, abertos.
Sem criar casca.
Oferecendo este lago do peito-
este lago á flor da pele, embora vaso
comunicante com o fosso fundo-
a qualquer faca.
Por isso estou mais cansada…”
parte del poema “Faca na água”